Monthly Archives: March 2015

Encaminhamentos finais

GD Educação

  • Manter regularidade na comunicação entre as organizações que participaram do GD;
  • Aprofundar a discussão sobre o papel da educação popular no marco geral das lutas pela educação;
  • Construir agenda de memória e de solidariedade as lutas da educação;
  • Articular as lutas de gênero e do transporte com as lutas da educação.

GD Direitos Humanos

  • Dia de luta em solidariedade à luta em Rojava/Kobane.
  • Ação em solidariedade aos perseguidos e presos no Brasil. Agitação permanente dos casos dos perseguidos Rafael Braga e Vicente.
  • Solidariedade aos petroleiros de Las Heras, Argentina, condenados a prisão perpétua.
  • Agitação e solidariedade a causa Palestina.
  • Agitação e denúncia aos intentos de redução da maioridade penal, ao encarceramento em massa dos oprimidos, assim como ao encarceramento manicomial.

GD Lutas Urbanas e Direito a Cidade

  • Romper o isolamento, fomentando uma organização desde a base que possa articular lutas conjuntas criando espaços solidários (lutas campo-cidade);
  • Fomentar a criação de espaços autônomos onde não seja apenas um local de moradia, mas também um espaço de luta, organização e trabalho, a exemplo da Orquídea e Comuna Pachamama;
  • Fortalecer o federalismo dentro dos espaços de articulação das lutas, uma vez que o caráter assembleísta muitas vezes não constrói um protagonismo coletivo;
  • A disputa pelo simbólico e pela memória das lutas a fim de se organizar e dar resposta imediata quando surgem os conflitos, de modo que possibilite o protagonismo da população em seus locais de moradia, estudo e trabalho;
  • Trabalhar o eixo do transporte como algo transversal, uma vez que perpassa também a questão da moradia, a disputa da cidade e o rompimento do isolamento.
  • Fomentar rádios comunitárias de forma que estas estejam a disposição da comunidade servindo como um difusor das lutas nos bairros e não como um reprodutor das rádios comerciais, uma vez que há um avanço na venda de horários nas rádios comunitárias;
  • Organizar uma frente de luta que possa servir como recipiente de todas essas lutas, movimentando a periferia e aglutinando também as lutas relacionadas a raça, gênero e etnia, fortalecendo espaços como o encontro dos de baixo.
  • Tratar a questão da criminalização do protesto e da pobreza, do encarceramento e genocídio do povo negro, a fim de enfrentar as ações do Estado que se estende não somente aos militantes mas a toda periferia;
  • Tentar fomentar um diálogo, uma comunicação mais ativa nos bairros, inclusive com os setores ligados à religiosidades.

GD TERRITÓRIO E BIO-DIVERSIDADE

  • Construir atividade dia 12 de junho – Massacre de Bagua ( memória ao massacre de lutadores do campo e em defesa da soberania alimentar, dos territórios e da biodiversidade )
  • Construir materiais conjuntos dando expressão publica para o ELAOPA através da temática especifica das lutas do campo . Temas como: transgênico, agrotóxicos, latifúndio, criminalização dos que lutam e etc.  que envolvam colaboradores  e difundam  o espaço, articular mobilizações e mais participação
  • Compromisso de fazer repasse nos nossos territórios sobre o Encontro Elaopa e participar das mobilizações que tenham relação com a luta dos oprimidos no campo como : 8 de março – mulheres, 1 de maio – Trabalhador@s , 17 de abril – Carajás , 16 de outubro – Dia Internacional da soberania alimentar e Congresso do MPA.
  • Proposta de no próximo Elaopa fazer trocas de sementes e raízes e oficina relacionada a cultivos e  biodiversidade.
  • Necessidade urgente de retomar a comissão de comunicação do Elaopa.
  • Utilizar o espaço do encontro dos de baixo para dar continuidade na comunicação e articulação regional da frente de luta territorial agraria.

GD Sindical

  • Solidariedade e apoio nas lutas onde pudermos alcançar (inclusive para além dos sindicatos), de modo a criar a cultura do sindicalismo revolucionários, para então forjar o interesse e a referência deste na classe trabalhadora. Unidade do conflito.
  • Propaganda
  • Atitudes firmes como minoria ativa
  • Pautar a luta contra a terceirização, parcerias público privadas e empresas públicas de direitos privado (utilizamos o termo fraude laboral) como estratégia de desmobilização, salários mais baixos, divisão da classe…

AGENDA COLETIVA DO ELAOPA

  • Um 1º de maio com Protagonismo dxs trabalhadorxs e Realização de atividades sobre a luta dxs trabalhadorxs
  • 8 de março – Marcar a solidariedade curda, pela referência no protagonismo das mulheres
  • Dia internacional de luta dos povos da america latina – Fora IIRSA 12 de junho
  • Campanha de ação de solidariedade internacional ao povo curdo – campanha “todo apoio `a revolucao curda”
  • Jornada/campanha de solidariedade internacional contra a criminalizacao dos lutadores e lutadores sociais – jornadas de lutas

Crônica do XI ELAOPA

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Foi realizado nos dias 14 e 15 de fevereiro no Centro de Formação do Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, a décima primeira edição do Encontro Latino Americano de Organizações Populares e Autônomas, o ELAOPA. O XI ELAOPA reuniu cerca de 50 organizações, coletivos, agrupações ou setores de movimentos sociais do Brasil, Argentina e Uruguai, contando ainda com a participação de uma delegação da Suíça.

Essa edição do encontro foi marcada por um número menor de participantes que refletiu uma aposta na realização de um encontro mais conciso, sem inscrições abertas, com critérios de delegação e trabalho militante cotidiano em diferentes frentes sociais, a exemplo da militância sindical, estudantil, comunitária, de luta pelos territórios, pela biodiversidade, contra todas as opressões, criminalização e violência dos de cima. Nesse sentido, um encontro em que os encaminhamentos pudessem refletir melhor a capacidade de execução pelos diversos países presentes de forma coordenada.

Para além dos debates realizados nos diferentes grupos temáticos de discussão (Educação, Sindical, Territorial Urbano, Opressão de gênero, Territórios e Biodiversidade e Direitos Humanos) houve momentos de plenária geral para exposição de retrospectiva e balanço das edições anteriores, leitura de adesões de outras organizações que não puderam participar de forma presencial e ainda para a síntese dos acordos e ações a ser colocadas em prática ao longo do próximo ano, formando um só compromisso entre os diferentes setores participantes desse ELAOPA.

A solidariedade aos lutadores sociais criminalizados na América Latina, em especial aos companheiros Vicente de Porto Alegre e Rafael Braga do Rio de Janeiro; a redação de moções de solidariedade a luta do povo e das mulheres curdas, de repúdio ao estado mexicano pelo assassinato de mais de 40 estudantes, de solidariedade ao preso zapatista Alejandro Diaz Santis e a luta dos povos indígenas e quilombolas pelos seus territórios foram outras marcas desse XI ELAOPA.

Acreditamos que mais uma vez o ELAOPA cumpriu o seu papel como um espaço para a troca de experiências militantes diversas, para a elaboração de um olhar coletivo acerca da conjuntura latino-americana e para traçarmos perspectivas e caminhos conjuntos. Um encontro que possibilitou novos aprendizados e avanços na construção do Poder Popular! Um agradecimento especial aos companheiros da banda La Digna Rabia que nos brindaram com suas canções na noite cultural, à Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela pela sua apresentação em memória ao sem terra Eltom Brum da Silva (assassinado pela Brigada Militar em 2009) assim como as trabalhadoras(es) da cozinha do centro de formação que a seu modo contribuíram para o sucesso do encontro.

Agora é trabalho militante constante e cotidiano, para que no próximo encontro, que será realizado em 2017 no Uruguai, possamos fazer um bom balanço de nossas ações e caminhar um passo a mais na construção do Poder Popular.

XI ELAOPA – Criando o Poder Popular desde baixo!